sexta-feira, 30 de abril de 2010

O caso Lauro

Ontem foi dia de reunião. E não apenas no Estádio Alfredo Jaconi. A diretoria do Consulado Juventudista em Porto Alegre se reuniu em seu reduto, o Bar Funilaria, para acertar alguns assuntos internos importantes. Mas, como não poderia deixar de ser, o assunto que mais perdurou foi o anúncio da saída do Lauro. Resolvemos, então, que eu postaria esse texto levando a público a nossa opinião em relação ao caso.

A direção do Esporte Clube Juventude errou duas vezes nesse caso. A primeira no início do ano, quando já não pretendiam mais contar com o futebol do baixinho. Naquela época, por mais que a sensibilização externa pressionasse, seria aceitável não renovar seu contrato. E digo aceitável porque poderiam ter apresentados pontos que fizessem que a dispensa fosse aceitável: dar moral para os meninos que vem surgindo ou utilizar de seu salário para a contratação de novos jogadores. Mas a direção não fez isso. Lauro aceitou a redução salarial e permaneceu no Jaconi.

Pois, agora em abril, veio o segundo erro da direção. Não se pode dar ao Lauro o mesmo tratamento que um Marcos Denner ou um Fred recebem. Ele não pode ter simplesmente seu contrato rescindido. E muito menos é função de qualquer pessoa escolher se ele deve ou não se aposentar. Além disso, os meninos da base não têm correspondido e todas as barcas que chegaram ao Jaconi trazendo jogadores ainda não foram capazes de minimizar a importância de Lauro no plantel. Mesmo que o futebol já não seja mais o mesmo, a condição física atrapalhe, e existam 2 ou 3 volantes com mais condições de serem titulares, tenho certeza que em muitos momentos da Série C de 2010 o futebol de Lauro (mesmo o atual) fará falta.

Rogério Ceni e Marcos já não são mais os mesmos, mas ainda continuam com as camisas 1 de seus times. Deisler abandonou a carreira por problemas pessoais, mas o Bayern de Munique estendeu seu contrato por mais 5 anos para caso ele resolvesse querer jogar denovo. Baresi e Maldini quiserem jogar até quase 40 anos e o Milan fez questão de que ficassem em seu plantel, jogando apenas quando suas presenças se faziam necessárias. Depois da aposentadoria sim, assumiram cargos de auxiliares ou olheiros. Essas são políticas que os grandes ídolos merecem...

Lauro Antonio Ferreira da Silva é simplesmente o maior ídolo dos quase 100 anos de história alviverde. E, como tal, deveria ter sido tratado com mais respeito.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ações de Marketing do Ju

Texto de Fernando Frizzo

Para quem acompanha as atividades do nosso clube, lembra o quanto o setor de Marketing em específico foi alvo de muita crítica nos anos da gestão Florian, por criar campanhas pequenas, sem intensidade e de pouca criatividade.

Sem se valer das famosas desculpas "faltam mãos para tantos projetos", "precisamos priorizar a busca por patrocínios", "estamos focados em motivar a torcida para o jogo X", a atual diretoria de Marketing, sob a batuta do competetente Mauro Trojan vem sendo uma grata surpresa.

É com otimismo que vemos as campanhas intensivas, fortes e de grande apelo às empresas da região. Para quem não sabe, só a Marcopolo comprou 75 cotas do "Papo Paixão Empresa" a R$250,00 cada, se tornando quase um patrocínio!

Falando destes planos, com criatividade o clube busca diversos "pequenos parceiros" e oferece retornos significativos por preços irrisórios no ambiente corporativo.
Também existem para as "pessoas físicas" 7 planos do "Papo Paixão", ou seja, não temos desculpas para não ajudar nesta hora tão importante.

Outra questão relacionada as associações é o "Indica Torcida", onde vários segmentos importantes do Juventude estão sendo encorajados a indicar mais torcedores para se associar. Exemplos são as campanhas com o Conselho Deliberativo, com o Conselho Jovem e alguns associados. Aliás, os Conselheiros têm até meta de associados.

Mas, o que mais tem me chamado a atenção é a preocupação com as crianças, com a nova geração de torcedores. Quem frequenta o Jaconi sabe que uma boa parte de nossos torcedores assíduos são da geração dos títulos da Série B, Gauchão e Copa do Brasil (hoje jovens de 15 a 25 anos). Este hiato sem títulos nos força a uma forte campanha de marketing para fomento de novos torcedores e fidelização dos que já o são. Saber que ontem 120 crianças visitaram o Jaconi, e mais 43 escolas já estão com visita marcada, é um grande passo para o fortalecimento da paixão pelo Juventude nestes novos torcedores.

domingo, 25 de abril de 2010

É ou não é meia-atacante?

Essa já é uma discussão que vem se estendendo na comunidade juventudista. Quando a fama em torno de Zezinho surgiu, se dizia que o Juventude estava formando um grande meia-atacante. Será mesmo? E o novo aspirante a craque Hiago? É meia-atacante também?

Até a década de 90 existia a figura clássica do meia-atacante. Francescoli, Maradona, Platini, Baggio, etc etc ao redor do mundo. Pelé, Rivelino, Zico, etc para citar alguns no Brasil. Eram seres de mentalidade superior que ficavam posicionados um pouco atrás dos atacantes, mas também um pouco a frente de seus companheiro de meio-campo. Não tinham obrigação de marcação, mas participavam da organização do ataque. Daí a parte "meia". Quando o jogo vinha pela lateral do campo ou em tabelas com os atacantes, costumavam entrar na área para finalizar. Daí a parte "atacante".

Mas em 1994 dois "gênios" da retranca mundial, Parreira e Zagallo, conseguiram levar o Brasil ao título da Copa do Mundo sem usar um meia-atacante. Sacaram Raí do meio porque não sabia marcar, e colocaram Mazinho para "encerar" o meio junto com Zinho. Estavam abolidos os verdadeiros meia-atacantes do futebol nacional. Se Rivaldo jogava na Espanha mais solto que azeitona em boca de banguela, na seleção tinha que voltar acompanhando os volantes. Na copa de 2002, por exemplo, Felipão exigia que Rivaldo e Ronaldinho compusessem o meio-campo na marcação.

Ah, mas o Kaká não é meia-atacante? Claro que é. Assim como o Diego Souza, o Paulo Henrique Ganso, o Carlos Alberto, o Hugo... São meias que continuam tendo a liberdade (e muitas vezes obrigação) de se juntarem aos atacantes quando o time pressiona o adversário. Mas, no futebol atual, também são jogadores que devem acompanhar um volante ou um lateral adversário até a própria área se for necessário. Hoje, meia que não marca é só atacante. Ronaldinho e Robinho, por exemplo.

Mas afinal o Zezinho é ou não é meia-atacante? Ele pensa que é, e muita gente também. Naquela partida contra a Portuguesa em que marcou seu primeiro gol como profissional, por exemplo, ele foi escalado nessa função. Estava um pouco atrás dos atacante e um pouco a frente dos outros 4 jogadores que compunham o meio-campo. Foi assim também em outras partidas. Isso lhe obrigava a voltar marcando os volantes adversários e acabava com ele. O futebol do Zezinho durava no máximo 60 minutos. Corria a toa, voltava para marcar sem saber. Não conseguia roubar a bola e fazia faltas bobas. Cansava com seus 17 anos mais rápido que os trintões, provavelmente por preguiça sua nos treinamentos físicos. Por isso que Zezinho é atacante, e não pode ser meia-atacante.

O Hiago então nunca vai ser meia-atacante? Em 2002 eu tive uma discussão com o Ricardo Gomes. Ele escalou o Dionathan em um treino como volante. Depois do treino lhe chamei atenção que aquele garoto era um meia, que não era e nem nunca seria uma volante. Perdi aquela aposta, e feio! Em todas partidas que assisti do Hiago até hoje, seja no sub-18 ou profissionais, ele sempre atuou como atacante pelo lado esquerdo. Notem que não ponta-esquerda, já que se movimenta sempre em direção ao centro da área. Mas ele não é meia-atacante porque nunca voltou para marcar. Mas não vou dizer que nunca será, porque torço para que alguém lhe ensine a marcar o quanto antes. Ele já tem boa noção de fechar espaços e, vindo de trás, pode ser que renda ainda mais.

Mas como esses garotos podem ser atacantes se têm dificuldades para fazer gol? Bom, isso é um problema crônico das categorias de base do Juventude. Os meninos não ganham corpo suficiente e nem mentalidade de marcação para poderem ser meias. Mas também não aprendem a finalizar devidamente como um atacante. E isso não se restringe aos casos mais recentes, como o Diego Rosa e os já citados Zezinho e Hiago. Também se restringe a casos anteriores, como Michel e Bruno - que depois de "velhos" aprenderam a marcar e puderam sim ser meia-atacantes. E aí podemos incluir até o caso do Ivo, que passou muito rapidamente pela nossa base.

Eu não acompanho o dia-a-dia das categorias de base do Juventude, mas já passou da hora de corrigir as falhas de fundamentos de nossos jogadores: atacante tem que saber finalizar, meia marcar, lateral cruzar, etc.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Venda do Zezinho: 2º ato

Em 12 de março, noticiamos aqui no blog, em primeira mão, que Zezinho havia sido vendido por pouco menos de 5 milhões de reais. (Clique aqui para ler o post)

Pois, muita gente que leu deve ter achado que era um chute do blog. Mas, o segundo ato desta peça está se desencadeando: nosso presidente Milton Scola viajou para o Uruguai para, supostamente, ter uns dias de férias. A verdade é que, foi para lá também para se encontrar com o empresário Juan Figer. Detalhes da negociação podem ser lá ser acertados com mais tranquilidade.

Outra verdade é que temos que torcer muito para que esse negócio saia o mais rápido possível. Depois de Zezinho já ter apresentado grande decadência dentro do Jaconi, tem se portado muito mal na Vila Belmiro. Nas chances que teve, praticamente se escondeu em campo e ainda conseguiu ser expulso da última vez (pela Copa do Brasil contra o Guarani).

Além disso, esse dinheiro viria em excelente hora. Pode até ser que as últimas contratações sejam capazes de contribuir fortemente para nosso retorno a série B, mas são também necessárias contratações de impacto urgentemente. Pelo menos um centroavante, um meia criativo e um zagueiro experiente que cheguem com condição indiscutível de titularidade.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Reforços do Pelotas

Depois da eliminação aureo-cerúleo no Gauchão, deve sair a qualquer momento a confirmação de algumas transferências da Boca do Lobo para o Alfredo Jaconi. Daria como certos os nomes de Jonatas e o zagueiro Bruno Salvador. A imprensa caxiense ainda cogita Tiago Duarte e Maurinho. Breve análise de cada um deles então:

Jonatas: apesar da brilhante façanha da FGF ter excluído o seu nome da seleção do campeonato, foi o goleiro mais regular do campeonato. Lembrando que até o goleiro de seleção que habita a Azenha teve falhas significativas. Pelas boas defesas e pela segurança que Jonatas parece passar ao time, será uma boa contratação.

Bruno Salvador: eu confesso que não tinha prestado atenção nele até ter sido anunciado o interesse do Ju. Analisei-o durante a partida de ontem. Boa estatura e com boas qualidades para atuar na sobra. Ainda é uma incógnita para mim se pode atuar em outra posição da zaga. Mas parece que pode ser bem aproveitado.

Tiago Duarte: apesar de ter tido ótimas atuações durante praticamente todo o Gauchão, demonstrou grande imaturidade quando foi expulso em plena semi-final quando um companheiro seu de time tinha sido recém expulso e ainda haviam pelo menos 30 minutos a serem jogados. Além disso, quando teve oportunidade em time maior, não deixou saudades. Pode até ser um bom parceiro para o Júlio Madureira (caso este resolva cumprir suas promessas de bom futebol), mas acho que é possível que a direção encontre melhores opções no mercado.

Maurinho: é impossível falar mal de um jogador que foi 3 vezes campeão brasileiro por 3 times diferentes. Mas, hoje, é um jogador lento e limitado. Continua tendo passe qualificado e muita desenvoltura para se colocar em campo, porém atualmente com muita dificuldade para chegar até o fundo e cruzar. Valeria para acrescentar experiência ao grupo, mas não acredito que vá atingir condições físicas para ser titular.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Ju negociando com zagueiro

Entre ontem e hoje o Juventude apresentou os 2 primeiros reforços para a série C:

1) Júlio Madureira. Teve excelentes atuações quando atuava pelas bandas do cemitério. Mas sou contrário a contratação justamente por já ter atuado por lá. Todos jogadores que passam pelo cemitério antes de chegar ao Alfredo Jaconi não conseguem desempenhar com a camisa alviverde nem metade do futebol que mostravam com a camisa cerúleo-grená.

2) Everton Garroni. Volante de 30 anos que atuou pelo Porto Alegre no último Gauchão. Eu nem lembro que biotipo tem esse sujeito, mas pela campanha do Porto Alegre não me parece que nenhum integrante de seu elenco tinha condições de vestir o manto.

Mas, vamos a novidade. O Juventude está negociando com um dos zagueiros grandalhões do Novo Hamburgo. Acredito que Edson Borges. Eu sou contrário a essa política de "seleção do Gauchão", já que nunca funcionou, mas é um jogador de nível bem melhor que os zagueiros que temos no elenco até agora.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

E o próximo nome é... Heron!

Enquanto a imprensa caxiense especula possíveis jogadores a serem contratados, eu continuo preferindo torcer pela demissão do Osmar Loss e especular o homem que irá ocupar sua vaga. Depois de Beto Almeida ter gerado reações tanto positivas quanto negativas no último post, hoje venho sugerir outro nome.

Heron Ricardo Ferreira. Alguém lembra dele? Este sujeito chegou praticamente desconhecido ao Jaconi em 1994 para comandar todas as "estrelas" que a Parmalat injetava no Juventude, como Galeano, Dourival Júnior, Odair, Julinho, Mauricinho, Mário Maguila e outros. Logo conquistou alguns resultados interessantes e se firmou após chegar ao vice-campeonato do Gauchão deste ano. No segundo semestre, o maior título nosso até então: o título da Série B. Vale ainda destacar o título internacional da Copa Parmalat, sobre times expressivos como o Benfica de Portugal.

Mas 1995 veio e pelo que me lembro, Heron não durou muito tempo. Teve uma nova oportunidade no Jaconi em 1999, mas também não obteve muito sucesso. Trabalhou em equipes como Figueirense e Santa Cruz (PE) e até chegou a "regredir" de cargo, sendo auxiliar-técnico de Luxemburgo no Corinthians.

Nos últimos anos então, resolveu tentar a carreira internacional e acabou indo parar no Sudão, onde conquistou o título nacional pelo Al-Hilal alguma vezes. Mas em janeiro desse ano, enquanto passava suas férias em casa (no Rio de Janeiro), foi convidado a treinar o Americano de Campos-RJ. Era a oportunidade de voltar a mostrar as caras no Brasil e quem sabe "reengrenar" a carreira por aqui. Mas foram apenas 5 partidas no comando da equipe, pedindo demissão por ter não conseguido obtido nenhum ponto sequer.

Ao que parece Heron hoje está desempregado e pela sua identificação com o clube, torna-se outro possível treinador para o Juventude. Mas, tenho que confessar, eu era muito novo em 94 e não sabia analisar o quanto do trabalho do Heron havia naquele time. O time teve bons resultados por sua capacidade ou porque a qualidade dos jogadores alviverde era superior à dos adversários? Se contratado hoje, será que seria capaz de organizar esse time "clamando" por comando?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Beto Almeida seria o cara?

No início do ano o Juventude buscava um técnico para a temporada 2010. Segundo relatos, Beto Almeida foi procurado e educadamente agradeceu, preferindo continuar seu trabalho com o Pelotas. Agora, depois da nossa péssima campanha do Gauchão e das boas atuações dos aureo-cerúleos, ressurge em meio a torcida este nome.

Ontem quando escrevi criticando nosso coach já pensava em prolongar o assunto colocando este nome em pauta. Porém, considerando o tamanho que atingiu meu texto e a possibilidade dele rejeitar a oferta novamente, não o fiz. Mas, este nome teimou em aparecer nos comentários do texto e, também, na nossa lista de discussão. Então, lá vai.

Pouca gente deve saber que Beto Almeida treinou pela primeira vez o Juventude em 1982. E isso inclui muitos fatos curiosos. Depois de fazer um bom trabalho nos juvenis (ainda não existiam juniores) alviverdes, a direção resolveu apostar no rapazote para assumir os profissionais. A coisa não engrenou. Em meio ao campeonato o grande Daltro Menezes teve que ser chamado para comandar os verde-e-brancos. Mas, curiosamente, e reconhecendo a potencialidade de Beto, este permaneceu como auxiliar de Daltro.

Mas, mesmo com todo esforço, o Juventude não conseguiu chegar às fases finais do Gauchão 82. Surgiu, então, a oportunidade de excursionar pelo Oriente: todas as despesas pagas para viajar por mais de 30 dias e encarar alguns amistosos. O caso é que Daltro Menezes havia passado por uma cirurgia cardíaca poucos meses antes de ser contratado pelo Juventude e não foi autorizado a viajar pelo seu médico Dr. Fernando Luchesi (aquele mesmo dos livros líderes de venda nas feiras do livro). O Juventude ficava então sem técnico para a excursão. Reunião para discutir o que fazer (diálogo simulado):

Diretoria: "E aí Daltro? Levamos o Beto como treinador?"
Daltro: "Não. Ele é muito jovem. Ainda não está pronto."
Diretoria: "Levamos quem então?"
Daltro: "Leva o Felipe dos juvenis. Pelo menos tem mais experiêcia, por ter sido jogador."

Pois bem. Foram para a viagem como esse "tal" Felipe como treinador. Foram ao todo 7 jogos. E foram 7 vitórias obtidas. Incluindo aí jogos na Arábia Saudita e 2 amistosos contra a Seleção da Coreia do Sul. Curiosidade a respeito destes jogos contra a Coreia: placares de 2x1 e 1x0 para o Juventude. Exatamente os mesmos placares que o Cosmos (aquele "timezinho" americano do Beckenbauer e antes de Pelé) obteve 2 semanas depois.

Depois do total sucesso da excursão, parecia que o Beto Almeida tinha perdido uma grande chance de dar um salto na carreira e todos os méritos viriam para "aquele" Felipe. Felipe, no caso, era a maneira como internamente era conhecido um sujeito mundialmente citado como Luis Felipe Scolari. Este sim, impulsionou a carreira de técnico e desde então não parou mais.

E o Beto Almeida acabou ficando pelo estado mesmo. Tem mais kimolometros rodados que muito patrulheiro de Polícia Rodoviária. E todo ano aparece alguma "surpresa" de seus comandados. Um empatezinho arrancado da dupla porto-alegrense na capital, uma vitória surpreendente sobre os mesmos em casa, uma classificação inesperada. E foi com essas credencias que Beto Almeida acabou voltando para o Alfredo Jaconi em 2007. Para refrescar a memória: foram 7 vitórias, 3 empates e 9 derrotas, não conseguindo livrar o Ju do rebaixamento. Mas, apesar disso, deixou a sensação para a maior parte da torcidade de que merecia ter permanecido para 2008.

O Beto é um cara muito estudioso. Relatando uma entrevista de Sandro Sotille logo após o Pelotas ter se classificado no último domingo: "nosso treinador estuda muito o adversário, e nós já entramos em campo sabendo tudo que precisamos para vencer". E é bem por aí mesmo. Com boas informações em mãos, eu diria que é impossível ver um time seu entrar em campo perdido, sem uma clara definição tática.

O problema do Beto é justamente enfrentar adversários em que as informações não são tão claras. E, justamente por essa ser uma situação comum na série C, Beto Almeida poderia enfrentar dificuldades para assumir o lugar de Osmar Loss, caso este venha a sair. Mas, mediante a situação do nosso cofre e as opções de mercado, eu ainda apostaria nesse nome.

Mas e você leitor? Diz sim ou não para Beto Almeida?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Osmar Loss fica. Certo ou errado?

Depois de ler essas listas de ficam/não-ficam para o segundo semestre, passei um bom tempo refletindo a respeito. Conforme já foi debatido nos comentários e na nossa lista de discussão, ficou difícil entender a permanência de jogadores como Fred e Fabrício e a dispensa de jogadores como Carlinhos e Júlio Paulista, que mostraram bom futebol nos poucos minutos que tiveram chance.

A verdade é que nunca saberemos as verdades (poético isso). O caso de cada um desses jogadores é único e é normal que a direção não queira expor os motivos por terem saído ou permanecido. Muitas vezes foge do domínio público a duração de cada contrato, as condições para renovação, as premiações, etc., e essas questões influenciaram muito, com certeza, a colocação de cada nome em cada lista.

Apesar disso tudo, eu concordo praticamente com todo o post anterior do Viccari, com uma grande exceção: a permanência do Osmar Loss. Quem vem acompanhando o blog desde quando assumi como (co-)blogueiro, sabe que eu já passei por várias fases na minha opinião quanto a esta pessoa. No início eu o perdoava, por achar que lhe faltava qualidade humana e tempo de trabalho. Depois, passei a apontar falhas que já deveriam ter sido corrigidas no modo como posicionava o time. E, hoje, me sinto completamente indignado com a sua permanência.

Conforme aqui relatei, fui ao CT assistir ao último treino antes da partida contra o Grêmio. Lembrando, passou um bom tempo posicionando o time para a bola aerea, tanto ofensiva quanto defensiva. O que aconteceu no jogo? Jonas apareceu livre na nossa área em um cruzamento praticamente frontal. Fiquei refletindo quando vi o gol e me lembrei que apesar do treinamento no dia anterior, não lembrava de ter escutado a voz do Osmar Loss fazendo correções de posicionamento. Bruno cruzava, a zaga tirava e Loss gritava "Boa!". Calisto cruzava, o ataque marcava e o Loss gritava coisas tipo "Atenção gente". Como diria Vanderlei Luxemburgo, jogador de futebol não pode ser tratado com "por favor" e "com licença". Tem que falar palavrão, xingar e ser duro!

Eu nunca tive a oportunidade de conversar com o Osmar. A verdade até que gostaria, porque assim talvez desfaria a impressão que eu tenho desde a primeira vez que o vi: Milhouse. Pode até ser muito inteligente e estudioso, mas ainda não atingiu condições de comandar, de ser independente, de impôr sua condição de líder. E o Juventude foi durante todo Gauchão reflexo deste nosso treinador. Em campo ninguém fala, se abateu muitas vezes com gols adversários e sempre atuou de maneira muito burocrática: ninguém faz tabelas, ninguém inverte posição, não existe elemento surpresa, não há criatividade!

Pronto... saiu tudo que eu tinha preso na garganta (ui!). E você leitor? Concorda ou discorda da permanência do homem?

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Listas de dispensas e de permanências

Papada,

Finalmente aconteceu uma das coisas mais aguardadas por nós: a lista de dispensas, ou melhor, a lista de chamada da "barca", como os jornalistas de Caxias do Sul gostam de escrever. Na verdade, a lista que saiu foi a de permanências, mas esta nos permite inferir a lista de dispensas.

Usando como fonte o blog Ca-Ju na Rede, já que ia dar muito mais trabalho pesquisar a lista completa de jogadores no site do Juventude, as listas (de dispensas e de permanências) ficaram conforme abaixo. Eu estou marcando em vermelho os jogadores que discordo quanto ao destino (justificado entre parênteses). Todos os demais eu concordei.

Lista de dispensas:
Goleiros: Silvio Luiz e Tiago Rocha
Defensores: Carlinhos, Ferreira, Jorge Fellipe e Gustavo Goiano (Jorge Fellipe foi o melhor da defesa, disparado. Carlinhos tinha tudo para dar certo e não teve sequer uma chance).
Meio-campistas: Edenilso, Bruno, Roberson, Danilo Rios e Júlio Paulista (Bruno era o único que mostrava alguma coisa na frente, junto com o Roberson. Júlio Paulista pareceu ser bom jogador, pela pequena amostra, e, juntamente com o Danilo Rios, mereciam ser melhor avaliados. Provavelmente têm outras propostas e/ou os clubes não os liberaram).
Atacantes: Marcos Denner e Amoroso

Lista de permanências:
Goleiros: Carlão e Follman
Defensores: Luiz Felipe, Fred, Bressan, Victor e Calisto (Talvez eu devolvesse o Bressan para os juniores, se a ideia é montar uma defesa experiente. Fred teve todas as chances do mundo, não é aceitável sua continuação "ao natural" no grupo depois do péssimo Gauchão que ele teve).
Meio-campistas: Umberto, Julio César, Gustavo, Lauro, Tiago Renz, Alan, Fabrício e Jander (Me desculpem os ferrenhos defensores da categoria de base, mas eu ainda não sei qual a posição do Tiago Renz. Também fez um péssimo gauchão e não sei se ele tem lugar para a série C. Alan sempre mostrou mais vontade e, para mim, mais futebol também. Fabrício pouco jogou, e nada mostrou).
Atacantes: Diego Rosa, Maycon e Hiago (Diego Rosa cai no mesmo caso do Tiago Renz. Milhares de chances, aproveitamento pífio).

Ainda foram devolvidos aos juniores o volante Goiano e o atacante Luan, com o que eu concordo.

Espero, sinceramente, com todas as minhas forças, que os jogadores que eu critiquei a permanência (Fred, Tiago Renz, Fabrício e Diego Rosa) COMAM a bola na série C, e nos ajudem a subir. Podem ter certeza que estarei lá no Jaconi apoiando TODOS, independente do que apresentaram até agora, desde que mostrem vontade, gana, espírito vencedor, e sangue nas veias. Queremos um time forte, guerreiro e com alma listrada.

Por fim, concordo com a permanência do Osmar Loss.

Papo: junte-se a nós no debate. Quem ficou e deveria ter ido? Quem foi e deveria ter ficado?

Dá-lhe, Papo!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Crime na serra

Papada!

Apareceram alguns abutres alardeando as férias do Juventude. Abutres oriundos das redondezas do Cemitério Público Municipal de Caxias do Sul. Engraçado. As férias deles vão ser de apenas 3 dias a menos, algo bem próximo dos 100 dias também.

É, em resumo, a grosso modo, campanhas equivalentes dos dois times: fora em um turno, morte nas quartas-de-final no outro.

E pensar que, se tivéssemos ganho no domingo, a essa hora estaríamos na semifinal...

Parabéns ao Ypiranga. E, aos co-irmãos: preparem-se. A Papada, a maior do interior, está salivando por um Ca-Ju.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Médias de público Gauchão 2010

Bom dia, Papada.
Me prestei a fazer um trabalho de investigação dos públicos da dupla Ca-Ju no Gauchão 2010, e os resultados mostram a realidade. Mostram qual a maior e mais fiel torcida da cidade, que mesmo na situação atual dos dois times, continua em maior número que "eles".

Apenas uma pequena ressalva: Os borderôs dos jogos Juventude x Ypiranga (link errado) e Juventude x Grêmio ainda não estavam no ar no site da FGF no momento desta publicação, assim como o borderô de Caxias x Internacional. Porém, para os três jogos, o público total foi divulgado, o que permitiu calcular o público pagante aproximado.
De forma similar, os públicos totais de Caxias x Inter-SM, Caxias x Esportivo e Caxias x Ypiranga não foram divulgados.
Como, na média dos jogos da dupla no Gauchão, o público total é cerca de 20% maior que o público pagante, esta foi a conta usada para inferir os números faltantes nas fichas técnicas dos jogos.

Parafraseando o grande Marcio Serafini, "o pior Juventude dos últimos tempos" teve os seguintes públicos em casa:
Público pagante (7 jogos) = 25.471 torcedores (média de 3.639 por jogo)
Público total (7 jogos) = 30.308 torcedores (média de 4.330 por jogo)

Parafraseando, novamente, Marcio Serafini, "o melhor Caxias dos últimos tempos" teve:
Público pagante (7 jogos) = 20.680 torcedores (média de 2.954 por jogo)
Público total (7 jogos) = 25.926 torcedores (média de 3.704 por jogo)

Nem estou considerando as caravanas, pois aí a lavada fica feia demais pro co-irmão. Mesmo com toda essa nhaca e com toda a imprensa e todo o Estado alardeando o (bom) time deles, não conseguiram nos superar. Mérito e força da Papada, que vai ajudar a recomeçar a subida do Papo no segundo semestre.

Ah, esqueci que só teve chuva nos jogos deles este ano...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Juventude 1x2 Grêmio

Papada,

Segue uma análise sucinta do jogo de ontem:

Estive no Alfredo Jaconi ontem, para a última sessão de sofrimento do Gauchão 2010. Que surpresa tive quando o time começou o jogo mordendo, lembrando a atuação contra o nosso rival aqui da cidade.
Pena que, em um dos primeiros ataques, em uma falta frontal, a zaga falhou novamente e o adversário abriu o placar. O primeiro tempo seguiu morno, com o Grêmio administrando a vantagem e o Juventude assustando apenas em um chute de Gustavo e uma finalização de Denner, ambas rebatidas pelo goleiro adversário.
No segundo tempo, o Verdão veio com tudo e empatou logo no início, num gol dos piás da casa. Belo passe de Hiago e conclusão no ângulo de Gustavo, o aniversariante do dia.
Em meio a um pênalti reclamado para cada lado (o do Juventude, claríssimo, o do Grêmio eu não tive essa certeza), o adversário desempatou em mais uma bobeira da zaga, num lance de qualidade de seu atacante.
Bem no fim, Júlio Paulista (que entrou bem no jogo) ganhou a dividida (sem falta, na minha opinião, mas preciso ver o replay) e soltou um foguete no ângulo. O que seria o gol de empate foi (na minha opinião mal-) anulado pelo sr. Vinícius Costa.
E assim terminou o jogo, sob os olhares de 7330 espectadores. Público maior do que eu esperava, pela atual situação.

Planejemos (e executemos) com calma a Série C. É a esperança do ano, e começa no longínquo 18 de Julho.

Acompanhe, nos próximos dias, um debate sobre os pontos altos e baixos deste primeiro semestre, aqui no blog.

Desculpem o texto curto, mas a imprensa fez uma cobertura ampla sobre o jogo, e não é a intenção do Blog chover no molhado.

sábado, 3 de abril de 2010

Senta que lá vem retranca...

Hoje de manhã fui até o novo CT assistir ao treino do Juventude. Me assustei com o time escalado como titular:

Carlão; Bressan, Ferreira, Jorge Felipe; Bruno, Umberto, Fred, Gustavo, Calisto; Hiago e Marcos Denner.

Sim, isso mesmo. Três volantes e três zagueiros. Pelo jeito a ordem é evitar que o adversário ataque, e não que ataquemos. Assisti pouco mais de 5 minutos de "coletivo". As únicas jogadas de ataque sairam da ultrapassagem de Calisto pela esquerda, jogando com o Hiago.

A seguir o Osmar Loss passou a treinar bola parada. Bruno e Calisto cobravam faltas da região lateral da intermediária e nossos zagueiros esperavam na área junto com o Denner. Aproveitamento mediano, apesar da estatura elevada do time.

Depois a mesma coisa do lado contrário do campo, para melhorar a zaga na bola aérea defensiva. Medida importante pela estatura elevada também do time adversário.

Eu não gostei nada de ver essa retranca. Mas parece que o Loss ainda não confia nas "novidades", como Carlinhos e Júlio Paulista. Vamos ter que mais uma vez aumentar as preces a cada chuveirinho na área, porque continuará sendo nossa única jogada de ataque.

Para finalizar, um lamento. Durante os 20 e poucos minutos que estive presente no CT, nenhum representante da mídia esteve por lá também. Nem repórter de rádio nem de jornal. Perguntei para o presidente Scola se era alguma proibição por parte da direção. Resposta dele: "Não. Eles devem aparecer por aí daqui a pouco.". Ou seja, simplesmente não se interessam em acompanhar o que acontece nos treinos e depois ficam o jogo inteiro querendo modificações no time sem ao menos saber qual o rendimento desses mesmos jogadores durante a semana. Lamentável.


Serviço de jogo:
Esporte Clube Juventude x G. F. B. Porto Alegrense
Estádio Alfredo Jaconi
04/04/2010 às 16:00 - Domingo
Ingresso Juventude: R$ 40,00
Promoção: R$ 20,00 para compra antecipada de torcedores com a camisa do Juventude.
Ingresso Idoso: R$ 20,00
Ingresso Estudante (necessário apresentar req. de matrícula ou histórico): R$ 20,00
Ingresso Visitante: R$ 40,00
Fonte: Site do E. C. Juventude

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Meu Jogo Inesquecível - Juventude 2 x 1 Grêmio - Gauchão 2003

Recebi a primeira colaboração para a coluna Meu Jogo Inesquecível, já no embalo do confronto de domingo.
Vamos ao relato do companheiro Viccari:

Boa tarde, Papada.

Escrevo, aqui, o relato do meu jogo inesquecível contra nosso próximo
adversário. Trata-se de Juventude 2x1 Grêmio, no Alfredo Jaconi, em 22
de fevereiro de 2003, pelo Gauchão daquele ano.

Vínhamos de um retrospecto amplamente desfavorável contra o clube de
Porto Alegre. Onde quer que se falasse do jogo, era tido como jogado e
como uma "barbada". O goleiro do outro time de Porto Alegre nos
insultava e usava, de forma pejorativa, o termo filial, a fim de
expressar sua mágoa pelos massacres oriundos do salto alto com que nos
enfrentavam, sempre.

A arbitragem foi conduzida por Leonardo Gaciba, sob os olhares de
11.540 torcedores.

O Juventude entrou em campo com Thiago; Mineiro, Renato, Filipe Alvim
e Michel; Evandro (Wellington), Dionattan (Rafael), Fernando e Marcelo
Costa; Hugo e Geufer (Wederson).

O jogo foi conturbado desde o início, com o time porto-alegrense muito
nervoso em campo, um domínio visível do Juventude nas ações e muita
disputa no meio-campo. Ao redor dos 30 minutos do primeiro tempo, o
clube tricolor perdeu um de seus principais jogadores, Tinga, por
colocar a mão na bola pela segunda vez no jogo, de forma proposital.
Resultado: segundo amarelo, vermelho e agressão ao árbitro por parte
dos azuis. Mais um vermelho para Claudiomiro (se não me engano).

Aí começou uma grande confusão. Todo o time porto-alegrense foi para
cima do árbitro para tentar ganhar no grito, como sempre se tenta
fazer aqui em Porto Alegre. Nessa confusão, torcedores instalados nos
camarotes do Alfredo Jaconi arremessaram uma garrafa d'água em direção
ao bolo de jogadores, atingindo em cheio um gremista. Pronto. Era o
que faltava para dirigentes azuis invadirem o campo e recolherem todos
os seus jogadores, levando-os ao vestiário. Mais tarde, durante a
semana, se descobriu que o objeto fora arremessado por um torcedor
gremista.

Depois de cerca de 20 minutos, eis que o adversário volta ao gramado
do Jaconi, com dois jogadores a menos, para cumprirem com sua
obrigação: serem homens e jogarem a partida até o fim.

Com dois jogadores a mais, a proposta Juventudista foi clara: pressão
total, e jogo em meio campo. Depois de algumas boas chances, a bola
sobrou, na direita, para o lateral Mineiro, que emendou o foguete. O
goleirinho ainda tocou nela, mas não adiantou, Juventude 1x0 e festa
da PAPADA. Seguindo o jogo, Rodrigo Fabri acertou violentamente o
jogador Dionattan com um carrinho, e Gaciba deu vantagem. Na
sequência, Hugo, do Juventude, chutou o gremista (porém com muito
menos violência e agressividade do que o lance anterior), e foi
expulso. Para o gremista, se não me engano, apenas amarelo. E assim
acabou o primeiro tempo, Juventude 1x0 e 10 contra 9 em campo.

No recomeço do jogo, perto dos 15 minutos, o Grêmio, em uma das únicas
vezes que passou do meio-campo, achou uma falta na intermediária. O
lateral cobrou com perfeição e empatou o jogo. Logo em seguida, a
Justiça tardou mas não falhou: Rodrigo Fabri fez outra falta violenta
e desta vez foi expulso.

O time porto-alegrense, com 8 em campo, ficou todo dentro de sua área,
e limitou-se a fazer cera e pressão na arbitragem. A Papada,
enlouquecida, empurrava o time para cima do adversário, ansiando por
uma vitória que calaria a boca de todo o Estado.

No fim do jogo, ainda 1x1 e muita cera rolando, Rafael, o mesmo que
fez dois gols contra o nosso co-irmão azul+grená na histórica goleada
de 5x3 no mesmo ano, ao tentar chegar em uma bola cruzada na área,
atingiu de forma não intencional o rosto do folclórico goleiro
adversário, para delírio dos presentes. E a partida continuava
encardida, só com um dos times buscando o jogo.

Eis que, aos 47 minutos do segundo tempo, o lateral-direito Mineiro (o
mesmo que anotara o primeiro gol) recebe uma enfiada de bola precisa
na ponta-direita e desfere um míssil com endereço certo: o ângulo do
adversário. O Juventude desempatava o jogo e dava início a uma grande
festa da Papada.

Naquele dia, vi (e participei) de tudo: gente ajoelhada, todos se
abraçando, gente chorando, buzinaço, carreata. Enfim, um jogo
inesquecível.

Leonardo Viccari



Colaboração do blogueiro: o vídeo dos melhores momentos da partida, que achei no Youtube.